Hora do voo: 09:35
Tudo decorreu sem problemas e pouco depois da hora programada o avião descolava da Portela em Lisboa rumo a Budapeste na Hungria.
Tempo de vôo: 3:40 minutos.

A rota prevista era sensivelmente a mesma que tinha percorrido 3 anos antes quando estivera na Republica Checa, e ainda que a vários milhares de metros de altitude as paisagens que se avistam são espectaculares.
Rumo ao destino final, a rota leva-nos a sobrevoar toda a Península Ibérica, e devo dizer que nunca tinha feito uma viagem em que a visibilidade fosse tão boa, pois não vi uma única nuvem até sobrevoar a França, o que me permitiu ver com muito detalhe a cadeia montanhosa dos Pirinéus, e só posso dizer uma coisa: espectacular!
Sobrevoando todo o sul França, começa-se a ver um aglomerado montanhoso com muitos cumes brancos que se misturam com as nuvens, e rapidamente me apercebo que estamos prestes a entrar no norte de Itália e na Suiça e a vista desde o avião é de cortar a respiração: em pleno mês de Agosto, os cumes dos Alpes encontram-se cobertos de neve que rapidamente passam a vegetação de montanha densa e muito verde, à medida que a altitude diminui, acabando em vales escarpados e profundos onde se veêm rios a correr com as bordas ladeadas por inúmeras povoações - é uma vista magnífica!
Mesmo a 11.000 metros de altitude, a paisagem é simplesmente magnífica!
1:30 de viagem mais tarde aproximavamo-nos de Budapeste e aquela que tinha sido uma viagem calma, sem turbulência e com céu pouco nublado durante todo o caminho, estava prestes a acabar. A 25 minutos da aterragem apanhamos uma zona de turbulência e muita nebulosidade, e o seguinte anúncio fez-se ouvir por todo o avião "Senhoras e senhores pedimo-vos que regressem aos vossos lugares e que apertem os cintos de segurança pois estamos a entrar numa zona de grande turbulência. Em Budapeste o tempo está nublado, com chuva forte e trovoada à mistura, sendo que são neste momento 14:10 hora local, mais uma hora do que em Lisboa". "Trovoada?!?" pensei eu "Naaaaao! Voltem para trás!". Se há coisa desagradável é chegar ao destino de férias e apanhar mau tempo, especialmente se for nalgum local que não se conheça - é frustrante.
O avião encaminhou-se então para o aeroporto de Ferhinger em Budapeste e para lá chegar sobrevoou toda a cidade. Sinceramente não fazia ideia do que me esperava, mas francamente não estava à espera de ver uma cidade com as dimensões da que encontrei - no mínimo, o dobro da cidade de Lisboa!
Estava de facto tempo de chuva e trovoada, pois quando saímos à rua, já de malas na mão, deparamo-nos com um tempo abafado. "Afinal não está assim tão mau" pensei eu.
Entramos no autocarro da excursão que nos levou direitinhos ao hotel onde ficaríamos hospedados essa noite, bem no centro da cidade.
Mal pude, pousei as malas no quarto, peguei na minha máquina fotográfica, e dei uma volta à zona circundante do hotel - vi que estávamos na zona histórica da cidade, muito perto do rio Danúbio.
Devido a algumas confusões no aeroporto com um dos casais que vinha connosco na excursão, chegámos ao hotel bem mais tarde do que o previsto e pouco tempo já faltava para a primeira actividade das férias: um jantar típico húngaro, com música cigana ao vivo!
Depois do jantar, quem quisesse, teria a possibilidade de fazer um passeio guiado por uma guia local, falante de português, que nos levou a ver as vistas da cidade à noite. A Hungria havia estado subjugada à Áustria durante o império austro-húngaro, império esse que criou a cidade de Budapeste à luz da vizinha Viena, tendo-a deixado ao abandono durante muito tempo. A cidade, que fora jogada ao abandono, era uma cidade muito bonita e arquitectonicamente rica, mas apenas de dia; mal a noite caía, toda a vida desaparecia, deixando a cidade completamente às escuras, à falta de iluminação pública. Até que, certa altura, alguém na corte húngara teve a brilhante ideia de construir um museu em que as peças em exposição eram as próprias ruas da cidade, sendo que para tal dotou as ruas da cidade da iluminação de rua mais bonita que até aí alguém vira. Esta iniciativa foi um sucesso tal que as técnicas de iluminação na altura utilizadas foram aplicadas em outras cidades europeias como Paris (daí a chamarem a Budapeste, a Paris do Leste), e o que é facto é que a iluminação da cidade é absolutamente fantástica!
Regressámos ao hotel depois da visita guiada à cidade e eram apenas 23:30. Eu não tinha sono nenhum, nem me sentia cansado. Peguei então na minha máquina, dirigi-me ao balcão do hotel, e pedi um mapa onde estivesse marcada a localização do hotel. Perguntei qual a maneira mais fácil de chegar junto do rio e saí porta fora, sozinho, de mapa na mão, pronto para explorar a cidade à noite.
O que se segue é o resultado dos meus deambulos pelas ruas da cidade...
Passear nas ruas de Budapeste à noite, é como visitar um museu gratuitamente! As ruas, ao contrário do que eu achava, estavam cheias de gente a conversar e a passear, locais e turistas, com muita animação de rua, mesmo às 2 da manhã!
1 comment:
Se há coisa que tive pena na minha viagem ao leste foi de não ter contactado mais com a cultura cigana. Devias era ter postado uma foto disso!! :)
Não sabia que Budapeste era a "Paris do Leste", por isso já aprendi alguma coisinha hoje. ;)
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